PARA ATRAVESSAR CONTIGO O DESERTO DO MUNDO

Foto de Bruno Almeida in olhares.com



Para atravessar contigo o deserto do mundo
Para enfrentarmos juntos o terror da morte
Para ver a verdade para perder o medo
Ao lado dos teus passos caminhei

Por ti meu reino meu segredo
Minha rápida noite meu silêncio
Minha pérola redonda e seu oriente
Meu espelho minha vida minha imagem
E abandonei os jardins do paraíso

Cá fora à luz sem véu do dia duro
Sem os espelhos vi que estava nua
E ao descampado se chamava tempo

Por isso com teus gestos me vestiste
E aprendi a viver em pleno vento

SOPHIA DE MELLO BREYNER (1919 - 2004)

A felicidade exige valentia.


Foto de Bigmac in olhares.com

"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes mas, não
esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."

Fernando Pessoa - 70º aniversário da sua morte

Foto de Zélia Paulo Silva in olhares.com

Quando os mundos se cruzam e a subtil fronteira entre eles nos perturba os sentidos... pensando estarmos a seguir o que os olhos nos dizem... descobrimos, e o corpo apercebe-se que a realidade é um pouco diferente... como reagimos a essa Surpresa inesperada? Lutamos com o choque que se depara à nossa presença? Abraçamos o inesperado como uma nova oportunidade de aprendizagem contínua?


O quanto as nossas expectativas nos podem trair...

Saudades


Fotografia de João Henriques in olhares.com

Saudades...
do que vivi...
do que não vivi...
tempo que corre veloz...
e demora tanto a passar!
o sonho?
Esse vai baloiçando... tonto
nas ondas ora da realidade ora da imaginação!
Enebriante...
confusão de sentidos,
que dá ritmo ao bater do mesmo coração...
Saudades... sempre... em mim

Plumeria alba



A subtileza da natureza revela-se nas coisas mais simples, que são em si plenas de beleza... beleza ao olhar, beleza ao sentir, beleza ao conhecer!
Simples e Belo deve ser também o nosso caminho, não só na chegada mas especialmente ao longo do seu percorrer... não nos deixe-mos cegar com pormenores insignificantes que nos tapam a visão do destino para o qual caminhamos...

morada incerta



Fotografia de Geoffroy Demarquet in olhares.com

"Muitos dos que têm morada certa passam pela existência sem nunca percorrer as avenidas do seu próprio ser. São forasteiros para si mesmos. Por isso são incapazes de corrigir as suas rotas e superar as suas loucuras."

Augusto Cury

Casca

Continuamos a tratar da casca

Continuamos a moldar a casca

Continuamos a remar de costas

E a provar águas quase mortas

E a viver ruas já pisadas

E a levar pedras já usadas

Num saco meio roto

Num saco meio morto

Tentamos não manchar a casca

Para fazer brilhar a casca

Tentamos não parar de costas

Tentamos não falhar respostas

Que nunca nos vejam de fora!!

É para nós que o mundo adora

Passos de dança no chão

É para nós que os olhos olham.

Fingimos não pensar na casca

Tentamos perdoar a casca

Separamos bem e mal

Quando se inspira o real

E se queima o que é vida

Mais uma hora despida

Onde águas não escorrem

E mágoas não morrem

Para quê tirar retratos?

Para quê limpar os fatos?

Para caber na moldura

Não ligar a ruptura

Mandar calar o pó

Deixar ficar o nó

Partir mais uma corda

Expulsar mais uma nódoa

Tentamos disfarçar demónios

Por medo desviamos olhos

Por fuga apagamos fogos

Por escudos renascemos novos

Sem rasto esquecemos lábios

Altivos, rastejamos, sábios

Cada vez mais fundo

No buraco do mundo

Com força agarra-se a casca

Que é só o que nos resta

Que o mastro derreteu

Mais tudo encolheu

Quisemos testar barreiras

E construímos teias

Difíceis de romper

E aqui ficamos presos...na casca.

Casca é tempo que dói

É janela fechada que estilhaça

quando se olha para tras..

Vento é o que bate na cara

É só largar a casca!!

Não se olha para trás!



By Toranja

Cada palavra é uma semente...

Fotografia de Tiago Estima in olhares.com

“Como é que poderemos definir o nosso tempo? Qual é o factor que o unifica e o distingue? Claro que é uma época de grandes contradições. Na verdade, atingimos um desenvolvimento tecnológico que era impensável há vinte anos atrás e um subdesenvolvimento - ou melhor, uma degradação ética - igualmente insuspeitável.
Vivemos na época das antinomias. Do máximo bem estar e da maior insatisfação, da extrema segurança e dos medos incontroláveis, das sofisticadíssimas comunicações planetárias e da incapacidade total de comunicar entre as pessoas.
O nosso tempo é um tempo ditatorialmente democrático, é o tempo do domínio absoluto do ruído, do alarido, dos gritos, da desarmonia sonora que já atinge e envolve os seres humanos de todos os povos e de todas as condições sociais.
Sim, se tenho de pensar num factor unificador da nossa época, é justamente o alarido.
O silêncio morreu e, ao desaparecer, arrastou consigo tudo o que constitui a base do ser humano. Não há silêncio no ar à nossa volta, não há silêncio nos espíritos, nos corações. A ausência de silêncio é o triunfo daquilo a que todas as tradições orientais chamam «o macaco» - o nosso espírito - que gera ruídos, grita por causa de uma sombra,s e agita, salta, faz alarido para abafar o alarido dos outros.
O macaco gera um turbilhão constante de impressões, opiniões, alarmes, um rio a transbordar que faz gorar qualquer tentativa de criar, no espírito e no coração, uma estabilidade e uma ordem verdadeiras.
O alarido incomoda-nos. Consultando o dicionário, descobrimos que «incomodar» significa: estorvar, impedir, obstar, desviar, distrair.
Sim, há sempre alguém ou alguma coisa que quer desviar-se do silêncio, evitar que contemplemos a nossa realidade mais profunda, impedir que dessa realidade nasça e cresça a nossa evolução como pessoas.
«O que a irrigação é para as plantas, é o silêncio para o aumento do conhecimento» escrevia Isaac de Ninive no século VI d.e. De facto, sem silêncio, não posso conhecer-me, não posso conhecer o outro. Sem silêncio, não posso abeirar-me da fonte do saber.
Mas de onde vem o alarido? Porque é que não há força que consiga contê-lo?
Se quero plantar uma árvore no fim do Inverno, costumo preparar o terreno no início do Outono. Há sempre um factor determinante que contribui para o nascimento e a evolução de um acontecimento novo. Por isso o século xx, com o seu rasto trágico de ideologias, niilismo, guerras e extermínios, semeou no novo milénio a bomba-relógio do relativismo ético.
O bem e o mal já não são valores reconhecíveis colectivamente, são derivas do sentimentalismo individual. Se o bem não existe em si, passa a ser bem o que me agrada, o que me satisfaz, e, por conseguinte, mal é aquilo de que não gosto, o que me inquieta, me faz sentir mal.
Graças ao relativismo ético, a nossa sociedadl; renunciou à sua função educativa. A família não educa, a escola não educa, o contexto civil não educa.
De facto, educar significa conduzir, apontar um caminho, mas, para isso, haveria que saber o rumo a seguir. Como se pode apontar um caminho, se a vida é um vaguear sem destino, se não há limites a respeitar, horizontes a atingir? Portanto, mais vale confiar no acaso, a bondade natural do ser humano fará o seu papel e do resto tratarão os acontecimentos com que iremos deparar que nunca serão bons, nem maus e de que, além do mais, não seremos minimamcnte responsáveis.
A tarefa principal dos pais modernos parece; ser apenas a de não criarem obstáculos (que poderiam provocar traumas incuráveis), não estabelecerem limites (para não correrem o risco de cortar as assas à natural criatividade infantil). Pensa-se que será a sabedoria inata da criança a fazê-la escolher o caminho que a levará a realizar-se da melhor forma.
Há um belíssimo provérbio africano que diz: «Para se educar uma criança, é preciso uma aldeia inteira.»
E é mesmo assim, precisa-se da variedade e da diversidade das relações e, ao mesmo tempo, da coesão de uma comunidade que respeita e faz respeitar as suas leis.
Talvez seja por isso que a acanhada família mononuclear, apesar de todos os seus cuidados e subtilezas pedagógicas, gera, na maior parte dos casos, crianças eternas, capazes de conjugar até ao infinito um único e importuno verbo: «Eu quero». E ninguém reparou - ou melhor, ninguém quis reparar - que, entretanto, o provérbio africano foi assumido a nível planetário. Só que já não é o conjunto dos parentes - ou seja, o contexto social feito de pessoas, rostos, histórias humanamente compreensíveis - que educa, mas a anónima e poderosíssima e subtilmente perversa aldeia global.
Perante a abulia educativa dos pais, perante a apatia da escola e a ausência de um grupo formativo, a comunidade educadora passa automaticamente a ser a que é constituída pelo rosto opaco dos mass media, da grande antena que domina e envolve os nossos dias com o seu constante grasnar.
É ela que nos diz no que devemos acreditar e o que devemos desprezar, o que escandaliza e o que, pelo contrário, deve merecer o nosso aplauso. É ela que nos impõe a certeza de que, sem a posse de alguns objectos determinados, resvalaremos para o grande mar dos zés-ninguéns. Como é natural, tudo acontece de uma forma democrática, desprovida de obrigações. Na verdade, para evitar rebeliões, temos de estar convencidos de que somos sempre nós - e só nós - que escolhemos. Mas será mesmo assim?”



in Cada palavra é uma semente de Susanna Tamaro

A Vida não Pára!


Mesmo quando o tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não pára

Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida é tão rara

Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência

O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência

Será que é o tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (tão rara)

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para

Paciência By Lenine

... mas podemos aprender a saboreá-la... mas sobretudo valorizá-la:D

para curiosos: http://www.youtube.com/watch?v=HZnvUNVkKfY

Memories



Memories Mayor Mente

In this world you tried
Not leaving me alone behind
There's no other way
I'll pray to the gods let him stay
The memories ease the pain inside,
Now I know why

All of my memories keep you near
In silent moments
Imagine you be'd here.
All of my memories keep you near,
Your silent whispers, silent tears

Made me promise I'd try
To find my way back in this life
I hope there is a way
To give me a sign you're okay
Reminds me again it's worth it all
So I can go home

All of my memories keep you near
In silent moments
Imagine you be'd here
All of my memories keep you near
Your silent whispers, silent tears

Together in all these memories
I see your smile
All the memories I hold dear
Darling, you know I'll love you
till the end of time

All of my memories keep you near
In silent moments,
Imagine you be'd here
All of my memories keep you near,
Your silent whispers, silent tears

All of my memories...

By Within Temptation

Try

When you down...you can singing with me!
When you cry...why don't you give it a try?
When you down...try any song...
Nothing's rigth...noting's wrong!

O valor das coisas

in BaLeaL
O valor das coisas não está no tempo que elas duram,
mas na intensidade com que acontecem.
Por isso existem momentos inesquecíveis,
coisas inexplicáveis
e pessoas incomparáveis.

Fernando Pessoa

de alma plena...

um pequeno paraíso chamado Baleal... um cantinho do nosso portugal de uma beleza indiscritível... o imenso mar a perder de vista que nos faz sentir leves e transmite paz à alma dos que nele deixam o olhar repousar e divagar... devagar, muito devagar e com tempo para poder deixar-nos levar apenas pelos sentidos e nos entregar-mos por inteiro.
...a ti o meu amor!

Lugares

Fotografia de Joaquim Santos in olhares.com
Existem Lugares onde tudo é possível, onde longe do nosso pequeno mundo nos damos à liberdade de novas sensações, onde as mesmas coisas que vemos todos os dias ganham outra cor, onde os dias ganham outra luz e uma música entoa dentro do nosso ser sem cessar, e nos contagia, a mim, a ti e também aos outros, que nos dá ânimo, que nos dá vida...

Existem Lugares onde nos transportamos ao passado e ao futuro... onde nos questionamos... onde nos damos conta do que somos e do que queremos ser... onde aprendemos a saborear o presente aqui e agora... onde cuidamos das nossas feridas... onde sonhamos o amanhã... onde eu te encontro... onde eu me encontro... e onde eu deixo que tu me encontres...

Esse Lugar existe... dentro de nós mesmos, sem ser preciso ir muito longe... mas muitas vezes é lá bem longe onde o encontramos... mesmo sem o procurar...

Penso em ti, penso em nós
segue-se um tempo de paragem...

Q u e r o - t e

Fotografia de Negateven in olhares.com
Fotografia de Sónia in olhares.com

Ensina pelo exemplo
Vive com simplicidade
Pensa com rapidez
Trabalha com afinco
Luta com honestidade
com generosidade
Ri com alegria
Ama profundamente

Tão perto e tão longe...

Fotografia de Ricardo Tavares in olhares.com
Tão perto mas ao mesmo tempo tão longe... tanto que queremos alcançar mas que por vezes nos parece de tal modo inacessível que a nossa força e fé parecem fraquejar contra a nossa vontade... mesmo assim acredito que é nesses momentos que descobrimos os nossos verdadeiros limites, uma força maior que as nossas forças e descobrimos que se lutarmos temos tudo para conseguir ser e alcançar o que desejamos e que nos faz feliz. Só é preciso não nos deixarmos vencer pelas derrotas que possam aparecer no caminho...

O que vêem nesta mão?

Fotografia de Luís M. Gomes in olhares.com

Dedos de uma mão, de uma mão estendida, estendida para cima...
O que vêem nesta mão?
Mão que dá? Mão que recebe? Mão que quer? Mão que espera? Mão que se estende a quem a vier buscar? Mão que pede? Mão vazia? Mão cheia? Cheia de vontade? Cheia de pedidos? Cheia de Medos? Cheia de Dúvidas? Cheia de esperança? Cheia de defesas? Cheia de amor? Cheia de incertezas? Cheia de humildade? Cheia de querer? Cheia de coragem? Uma mão que se estende a todos nós todos os dias.... Mão nossa, Mão alheia, Mão humana que muda a sua história todos os dias... umas vezes é Mão que dá, mão cheia... outras vezes é Mão vazia que recebe...
Que todos nós tenhamos a humildade de saber ser todas estas mãos quando for tempo de as ser!

Coração Polar


Fotografia de L Du Lac in olhares.com

Não sei de que cor são os navios
quando naufragam no meio dos teus braços
sei que há um corpo nunca encontrado algures no mar
e que esse corpo vivo é o teu corpo imaterial
a tua promessa nos mastros de todos os veleiros
a ilha perfumada das tuas pernas
o teu ventre de conchas e corais
a gruta onde me esperas
com teus lábios de espuma e de salsugem
os teus naufrágios
e a grande equação do vento e da viagem
onde o acaso floresce com seus espelhos
seus indícios de rosa e descoberta.

Não sei de que cor é essa linha
onde se cruza a lua e a mastreação,
mas sei que em cada rua há uma esquina
uma abertura entre a rotina e a maravilha.

Há uma hora de fogo para o azul
a hora em que te encontro e não te encontro
há um ângulo ao contrário
uma geometria mágica onde tudo pode ser possível
há um mar imaginário aberto em cada página
não me venham dizer que nunca mais
as rotas nascem do desejo
e eu quero o cruzeiro do sul das tuas mãos
quero o teu nome escrito nas marés
nesta cidade onde no sítio mais absurdo
num sentido proibido ou num semáforo
todos os poentes me dizem quem tu és.

Manuel Alegre (1936) in Poemas de Amor

Piano (Michael Nyman)

Para quem viu, fica aqui uma pequena lembrança de um Filme perturbador mas muito belo...
para quem não viu... pode ser esta uma pontinha que desperte alguma curiosidade...
A música é... perfeita... capaz de conter tantos sentimentos quantos os que o filme pretende mostrar... e não é preciso muito mais do que isso... quando o silêncio da voz dá lugar a uma melodia do coração...
Conseguem ouvir sem parar?

Si Conocieras el Don de Dios

Fotografia de Alba Luna in olhares.com

Si conocieras como te amo, si conocieras como te amo
dejarias de vivir sin amor,
si conocieras como te amo, si conocieras como te amo
dejarias de mendigar cualquier amor,
si conocieras como te amo, como te amo
Serias mas feliz.

Si conocieras como te busco, si conocieras como te busco
Dejarias que te alcanzara mi voz ,
si conocieras como te busco, si conocieras como te busco
dejarias que te hablara al corazon,
si conocieras como te busco, como te busco
escucharias mas mi voz.

Si conocieras como te sueño, si conocieras como te sueño
Me preguntarias lo que espero de ti,
si conocieras como te sueño, si conocieras como te sueño
buscarias lo que he pensado para ti,
si conocieras como te sueño, como te sueño
Pensarias mas en mi.

(Si Conocieras el Don de Dios) Música de Hermana Glenda

...

Fotografia de Geoffroy Demarquet in olhares.com

Há dias em que nos sentimos pequeninos, muito pequeninos... em que nos sentimos extremamente vulneráveis e mesmo não querendo tornamo-nos susceptíveis a qualquer "ameaça" exterior... sem forças para encontrar a Força dentro de nós... mesmo sabendo que ela existe algures...

Um Lugar sem tempo marcado

Fotografia de Paulo César in olhares.com

Sou...

Fotografia de Ricardo Carioca in olhares.com
Contornos de Sombra e de Luz, que modelam um Corpo... por vezes Frio... por vezes... Quente.. mas que sente sempre, tem Vida... não se contenta... não se sacia... é exigente e reclama cumprir os seus Desejos mais verdadeiros!

Nova imagem!

Imagem de Armando F. Sousa in olhares.com

Para marcar uma nova imagem deste espaço,
onde as palavras caem, por vezes, soltas como folhas de uma árvore,
podendo ser levadas ao sabor das vontades de cada um...
Até breve... :)

mistério!

Fotografia de Le Borgne in www.olhares.com

simples?

Desenho de Rimfrost
... Encantamento...
D e c l a r a ç ã o ?
P r o p o s t a ?
S u g e s t ã o ?
L o u c u r a ?
V o n t a d e?
D e s e j o ?
C o n v i te ?
D e s a f i o?

o l h o s d o s e n t i r

Fotografia de Maria João Miguel in www.olhares.com
É preciso tacto para saber ler nas entrelinhas da vida...
Só assim se pode ver com verdadeiros olhos de ver,
E muito mais do que apenas olhar, é preciso aprender a ver...
E ver significa ver com os olhos do sentir, da alma e do coração!
Para todos nós que desperdiçam cada momento em que em vez de ver as coisas com verdadeiros olhos, apenas deixam pousar o olhar nessas tantas coisas...

Amanhã é sempre um novo dia!

Fotografia de David Felix in www.olhares.com

O amanhã está perto, tão perto!... e com ele vem a oportunidade de mais um dia inteirinho para fazer tudo o que podemos fazer, e ainda o que podemos duvidar sermos capazes de fazer...
Confuso? Pode até ser! Mas muito depende só de nós...
Claro que é mais fácil acreditar nisto naqueles dias em que tudo faz sentido, em que os problemas e as dificuldades parecem não existir... mas é mesmo nos outros dias, nesses em que a vontade é escassa e só queremos que o dia passe o mais rápido possível, de preferência sem nos dar-mos conta dele, que é fundamental acreditar no dom de cada dia!
Dias de sol, dias cinzentos, dias de chuva , dias de calor e dias de frio, todos os dias são bons dias, são novos dias! Dias banais, dias de festa, dias decisivos, dias surreais, todos os dias são dias para recomeçar, para continuar com planos antigos, há muito deixados na gaveta das nossas memórias passadas... nessas gavetas devemos apenas deixar os nossos receios, medos e fantasmas... e tudo aquilo que nos impede de avançar para o caminho que sonhamos para nós!
Amanhã começa um novo dia... que parecia não querer chegar... mas que sempre chega... enquanto acreditarmos que chegará... agora só resta abandonar-me e entregar-me a esse dia... e a todos os que com ele virão...
As palavras de ordem são muitas... mas mais do que tudo é preciso nunca deixar de acreditar!

salto... ou... não salto?

Fotografia de Justino de Oliveira e Silva in www.olhares.com

"Toda a gente há-de ter notado o gosto que têm os gatos de parar e andar a passear entre os dois batentes de uma porta entreaberta. Quem há aí que não tenha dito a algum gato: «Vamos! Entras ou não entras?» Do mesmo modo, há homens que num incidente entreaberto diante deles, têm tendência para ficar indecisos entre duas resoluções, com o risco de serem esmagados, se o destino fecha repentinamente a aventura. Os prudentes em demasia, apesar de gatos ou porque são gatos, correm algumas vezes maior perigo do que os audaciosos."
Victor Hugo, in 'Os Miseráveis'

May it Be

Fotografia de Luís Miguel Carneiro Valente in www.olhares.com

May it be an evening star
Shines down upon you
May it be when darkness falls
Your heart will be true
You walk a lonely road
Oh! How far you are from home

Mornie utúlië (darkness has come)
Believe and you will find your way
Mornie alantië (darkness has fallen)
A promise lives within you now

May it be the shadows call
Will fly away
May it be you journey on
To light the day
When the night is overcome
You may rise to find the sun


ENYA

Loucura

Fotografia de Vitor Hugo Sacadura in www.olhares.com

"Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura" Nietzsche

novo ano à vista

Fotografia de EA in www.olhares.com

Chega ao fim mais um ciclo de 365 dias que preenchem o calendário de mais um ano. Este ano, como todos os outros, está replecto de memórias, de crescimento, de progressos, de inovações, de descobertas, mas também de alguns enganos, de erros, de crueldades, de injustiças. No entanto quero acreditar que há um sentido maior que prevalece, que nos diz que vale a pena continuar a sonhar, e ainda mais, que vale a pena arriscar os nossos sonhos, que eles têm uma razão de ser, que é isso que faz o mundo continuar a girar, mesmo que às vezes seja mais devagar do que desejariamos. Claro que todos nós temos um papel importante neste girar do nosso mundo, todos nós temos a responsabilidade em mãos e é este compromisso que devemos respeitar e cumprir para que o próximo ano possa ser um pouco melhor do que o anterior... Nesta época do ano torna-se quase inevitável repensar as nossas atitudes, comportamentos e pensamentos, chega a nostalgia do que passou, do que foi e do que poderia ter sido. Esboçam-se novas estratégias e afinam-se as prioridades... afinal já passou mais um ano e no final já somos um bocadinho diferentes daquilo que éramos no início do ano, muita coisa aconteceu, novas pessoas surgem na nossa vida enquanto que outras saem sorrateiramente, descobrimos novos interesses, novas qualidades e habilidades, percebemos um pouco melhor do que se passa à nossa volta e percebemos qual o nossso contributo para o mundo, para a sociedade, para os que estão mais próximos de nós e para aqueles que não conhecemos... Claro que surgem novas dúvidas, novos desafios que irão continuar a moldarnos ao longo do ano que se aproxima! Assim resta-me desejar a todos um excelente ANO NOVO, que consigam realizar os vossos sonhos e se se realizem pessoalmente!

Cinderela

Eles dão duas crianças
a viver esperanças, a saber sorrir.
Ela tem cabelos louros,
ele tem tesouros para repartir.
Numa outra brincadeira
passam mesmo à beira sempre sem falar.
Uns olhares envergonhados
e são namorados sem ninguém pensar.

Foram juntos outro dia,
como por magia, no autocarro, em pé.
Ele lá lhe disse, a medo:
'O meu nome é Pedro e o teu qual é?'
Ela corou um pouquinho
e respondeu baixinho: 'Sou a cinderela'.
Quando a noite o envolveu
ele adormeceu e sonhou com ela...

Então
Bate, bate coração
Louco, louco de ilusão
A idade assim não tem valor.
Crescer
vai dar tempo p'ra aprender,
Vai dar jeito p'ra viver
O teu primeiro amor.
Cinderela das histórias
a avivar memórias, a deixar mistério
Já o fez andar na lua,
no meio da rua e a chover a sério.
Ela, quando lá o viu,
encharcado e frio, quase o abraçou.
Com a cara assim molhada
ninguém deu por nada, ele até chorou...
Então ...
E agora, nos recreios,
dão os seus passeios, fazem muitos planos.
E dividem a merenda,
tal como uma prenda que se dá nos anos.
E, num desses momentos,
houve sentimentos a falar por si.
Ele pegou na mão dela:
'Sabes Cinderela, eu gosto de ti...'
Letra e Música de Carlos Paião
fotografia de Dragonfly in www.olhares.com

Como seria a comunicação sem falar?

Fotografia de Graça in www.olhares.com

"Como seria a comunicação sem falar?
Primeiro o olhar, o encontro sedutor e misterioso dos olhos, depois o sorriso, mas não muito aberto, apenas o suficiente para dizer sim.
De seguida o passo em frente, aquele que provoca ansiedade, que nos corta a respiração, o que faz parar o tempo, o que apaga o resto do mundo.
De novo o sorriso, agora largo e franco deixando tudo o que seja dele entrar em mim e, então timidamente, o primeiro toque, o primeiro abraço, o mergulho no conforto, na segurança.
E só aí aparece, pela priveira vez, a sensação de dois num só!"

Teresa Sampaio

Espírito de Natal


É quando a noite se torna canção
e todos cantam num só coração.
É quando os olhos se lavam em fervor
que o amor é a razao de viver.
E pela paz, somos iguais.
E todos somos crianças outra vez.
Hora de dar e receber
e de abraçar toda gente que apadecer.
É quando a noite se enche de luz
e o amor pro natal nos conduz.
Os homens ficam crianças e então
Todos dividem a mesma emoção
de viver num carrossel
E a estrela guia à brilhar lá no céu
Noite feliz, noite de paz
feche os seus olhos, teus sonhos serão reais.

Música Popular
Saboreia e vive o verdadeiro espírito deste Natal.
Que o Natal seja a descoberta de uma Presença de Alegria e Paz em cada dia do Novo Ano.
Que Jesus nasça no coração de todos nós.
É o meu desejo sincero para todos, e em especial àqueles que em algum momento passaram pela minha vida.
Alegria, sorrisos e muitos Beijinhos Natalescos

Afinal o que é o Natal?

"O Natal é a festa mais influente, importante e motivadora do mundo. Todo o mundo, de uma maneira ou de outra, a celebra. O Natal é a única festa cristã que toda a gente celebra. Podemos mesmo dizer que uma das poucas coisas de que o nosso tempo gosta na Igreja é o Natal, a maior festa do mundo.
Mas, ao mesmo tempo, o Natal é a festa em que os cristãos mais resmungam. Grande parte dos cristãos passa o Natal a criticar o mundo pela forma como ele celebra o Natal. O mundo passa o Natal a comprar presentes, a comer fritos e a enfeitar árvores. Os cristãos passam o Natal a fazer exactamente o mesmo. Mas a achar que os outros, ao fazerem isso, não têm espírito de Natal.
Além disso, muitos cristãos bem intencionados desvalorizam o Natal. Eles acham que "o Natal devia ser sempre", que "Natal é quando um homem quiser" ou que "o Natal não interessa porque está destruído pelas compras e pelos banquetes". Assim, para muitos cristãos, o Natal não é a festa única que realmente é, porque deveria ser outra coisa. Tudo isto mostra que existe, sem dúvida, um mistério no Natal. Por que razão tanta gente gosta do Natal? Por que razão tantos se zangam pela forma como os outros gostam do Natal? Visto por fora, o Natal é composto pelas compras, pelos fritos, presentes e pela festa da família.
(...)
A grande maioria das pessoas que fala sobre as compras de Natal quer criticá-las. O tempo e dinheiro que se gasta nisto poderiam ser gastos de forma muito mais útil. Os presentes de Natal são uma hipocrisia sem sentido, nada significam para quem dá nem para quem recebe. Os enfeites da árvore são uma tolice que não quer dizer nada. Os fritos, esses, só fazem mal ao estômago. No fundo, estas coisas não passam de um truque capitalista para nos vir ao bolso. É difícil encontrar outra coisa tão vasta e tão influente e que, ao mesmo tempo, tantos critiquem tanto.
Mas, afinal, qual é o mal das compras, dos enfeites e dos fritos? No fundo, os presentes de Natal significam que, durante uma época do ano, nós andamos a procurar dar coisas a quem gostamos e a mostrar-lhes que gostamos deles. As festas, os jantares e os enfeites servem para nos sentirmos felizes com os outros. Tudo isso são coisas boas.
Além disso, por causa do Natal, anda tudo bem disposto, com "espírito natalício". Junta-se a família que não se vê há tempos. Somos simpáticos para os estranhos. Até damos esmo­las e presentes a desconhccidos. As empresas celebram o Natal connosco. Enfeita-se as ruas e pensa-se nos pobres. Tudo isto porque é Natal.
É claro que há muita hipocrisia, que há muito consumismo, que há muito oportunismo. Não há dúvida de que se dá brinque­dos a mais e a digestão é mais difícil. Têm razão quando dizem que frequentemente falta o verdadeiro espírito e que, além disso, deveria ser todo o ano. Mas esse mal não vem do Natal. O mal já lá estava nas pessoas. E no Natal é disfarçado, diminuído, por vezes vencido. Nós somos maus. O Natal, esse, é muito bom e até nos faz um bocadinho menos maus.
O que se passa connosco quando criticamos o Natal é que nós somos idealistas, e não realistas. Dizer que é pouco e deveria ser mais não é uma atitude cristã. O cristão sabe que sofre da mancha do pecado original e da manha da natureza humana. Se percebermos que a nossa natureza é pecadora, em vez de lamen­tarmos que só haja Natal um dia por ano, deveríamos era estar agradecidos por haver Natal.
Que no Natal, dia do nascimento de Cristo, toda a gente ande a tentar ser feliz e a ajudar os outros é uma coisa excelente. Nem sempre corre bem, mas todos fazem um esforço, por pequeno que seja. Só porque o Senhor nasceu.
Será que o Natal é mesmo a festa da família? Para perce­ber isso temos de perceber o que é a família. Não a descrição externa, que diz que a família é a célula básica da sociedade ou outras banalidades equivalentes, mas o sentido profundo e ver­dadeiro da família.
A maior força do universo é aquela que liga Deus ao Seu Verbo. Não há força mais poderosa e sublime do que aquela que une Deus a Si mesmo. Ora, quando o Verbo no-la quis ex­plicar a nós, humanos limitados, só o conseguiu dizer falando na relação entre um Pai e um Filho. O amor que une Deus a Si mesmo é um mistério insondável, indescritível, por estar muito acima da capacidade humana de entender. Mas quando Deus tentou explicar-nos isso a nós, pobres seres, só o conseguiu com referência a uma realidade bem humana: a relação filial.
(...)
Esta força que une o Pai e o Filho é uma pessoa divina. Cha­ma-se Espírito Santo.
(...)
Então, o que é ser família, hoje ou em qualquer altura? A resposta é esta: o ser humano, feito à imagem e semelhança de Deus, vive no seio da sua família uma das maiores semelhanças com o Deus Trindade. O segredo da família é o Espírito Santo. Essa Pessoa foi bem visível no Natal. Mas a manifestação do Espírito Santo no mundo é a Igreja.
(...)
O significa­do do Natal é o facto que nos revelou que Deus é, na Sua essên­cia, uma família. Os judeus conheciam bem Deus, sabiam muitas coisas sobre Ele, reveladas pelos profetas. Aquilo que Cristo nos trouxe de novidade, há 2000 anos, é algo que ninguém no mundo sabia, nem os profetas, nem os judeus: que Deus é Pai, Filho e Espírito Santo, que Deus é uma família. E, além disso, que Cris­to, para o revelar, queria constituir a Igreja. Que Deus queria fazer com os homens uma família. O que Cristo nos veio dizer, nascendo no Natal, tinha tudo a ver com a família. Assim o Natal, se o entendermos bem, é mesmo a festa da família. Porque foi com o Natal, e só com o Natal, que nós ficá­mos a saber que Deus é uma família. Foi no Natal que nasceu a Igreja, a família de Deus com os homens."
João César das Neves in Parábolas sobre Jesus